domingo, 21 de junho de 2009

A PESSOA "REAL"

Não há uma pessoa real, verdadeira e fixa dentro de você ou de mim, simplesmente porque ser uma pessoa implica sempre tornar-se uma pessoa, estar num processo. Ser uma pessoa é o que

penso

julgo

sinto

valorizo

honro

estimo

amo

detesto

temo

desejo

espero

acredito

e me comprometo com.

Estes são os aspectos que definem a minha pessoa em processo de mudança constante. A não ser que a minha mente e meu coração estejam irremediavelmente bloqueados, todos esses aspectos que me definem estão sempre mudando.

Minha pessoa não é como um disco rígido dentro de mim ou uma pequena estátua permanente e fixa; pelo contrário, ser pessoa implica um processo dinâmico. Em outras palavras, se você me conheceu ontem, por favor não pense que sou a mesma pessoa que você encontra hoje.

Experimentei mais a vida, encontrei novos sentimentos naqueles a quem amo, sofri, rezei e estou diferente.

Por favor, não me atribua um “valor médio”, fixo e irrevogável, porque estou sempre alerta, aproveitando as oportunidades do dia-a-dia. Aproxime-se de mim, então, com um senso de descoberta; estude minha face, minhas mãos, minha voz e procure pelos sinais de mudança: é certo que mudei.


John Powell



BATE PAPO

Certamente a primeira sentença do autor de "Por que tenho medo de lhe dizer quem sou?" causa assombro se pensarmos que a negação de sermos “pessoas verdadeiras” sugira falsidade no jeito de ser, mas na seqüência o entendimento inevitável nos socorre porque deixa claro que se trata da discussão “mudança”, indicando que não somos estáticos, e a flexibilidade de nosso ser maior não só nos permite como estimula o crescimento constante, o processo inalterável de mudança ao qual estamos submetidos por vocação evolutiva. Não somos hoje o que éramos ontem, nem seremos amanhã o que hoje somos é uma metáfora que fala dessa transformação que nos imprime o caráter mutável, a maleabilidade que nos permite experimentar o novo, explorar a vida dentro das infinitas possibilidades que existem em nós, para nós.

Não se trata de ser volúvel ou não ter constância, porque os valores e as crenças pessoais sempre norteiam a gente; o que ocorre é a abertura saudável que quebra a rigidez que acaba por nos transformar em pessoas infelizes porque aborta todo o potencial realizador que temos dentro de nós pelo medo de arriscar mudanças saudáveis, conhecer outras formas de pensar, ouvir o coração e seguir nossos sentimentos. Isso nos faz mudar a direção, quando percebemos que estamos nos transformando em seres cruéis, frios, ausentes, críticos, juízes, inflexíveis, infelizes.

Que bom que podemos, devemos e mudamos, porque isto nos liberta da impossibilidade de mudar para melhor, de crescer e ser mais gente, compreender o mundo como aliado e as pessoas como parceiras, compartilhar melhores sentimentos e comportamentos que nos tornam mais felizes. Você não concorda?

Um comentário:

  1. Você sempre arrebentando nas idéias heim?! Estarei com você em todas viu?(rsrs)
    Estou passando por aqui, para comunicar que estarei ausente por um tempo.Metamorfósica como sou, sempre em tempo de férias necessito fazer
    algumas mudanças na minha casa, na minha vida, e meus Blogs não poderiam ficar de fora(rsrs).
    Quando eu voltar ,estarei por aqui, com certeza, se Deus quiser!
    Um grande abraço!! Rejane

    P.S. O Blog da gula(receitas) permanecerá aberto.

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